Emerson de Almeida - Cofundador e Presidente da Diretoria Estatutária da FDC

Emerson de Almeida nasceu em Mateus Leme (MG) no dia 06 de julho de 1941. Aos oito anos de idade mudou-se com a família para Belo Horizonte, onde apoiava o pai, Geraldino de Almeida, no trabalho em uma barraca na Feira dos Produtores, no bairro da Lagoinha. Aos 14 anos, com a ajuda do irmão, montou uma barraca improvisada e passou a conciliar o apoio ao pai com o trabalho como vendedor ambulante.

Aos 17 anos interrompeu as atividades na feira para trabalhar como office-boy em uma importadora de peças de automóveis alemã, até completar 18 anos e prestar o serviço militar obrigatório. Aos 19 anos, envolvido na vida colegial, foi eleito Presidente do Diretório Estudantil do Colégio Municipal (DECM).

Após o convívio com o movimento estudantil e influenciado pelo ambiente político da época, decidiu tentar a área do jornalismo, passando a trabalhar no jornal Diário Católico. Algum tempo depois, passou a trabalhar também em outros veículos como o Jornal do Brasil, Correio da Manhã e na TV Belo Horizonte, hoje TV Globo. Neste período, iniciou a graduação em Economia na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Em 1968, além das atividades nos jornais, foi convidado a trabalhar na assessoria de imprensa da Universidade Católica de Minas Gerais – UCMG (atual PUC-MG). No ano seguinte, após terminar o curso de Economia, ganhou uma bolsa do governo francês e, aos 28 anos, partiu para a França para fazer um curso de pós-graduação. Acompanhado pela esposa, Nilda Lúcia Santos de Almeida, viveu dois anos em Paris, onde fez uma pós-graduação em jornalismo, no Institut Français de Presse.

Ao voltar para o Brasil, em 1972, foi convidado pelo reitor, Dom Serafim Fernandes de Araújo, e pelo secretário geral da Universidade Católica de Minas Gerais, Gamaliel Herval a tornar-se professor e vice-diretor da Escola de Comunicação. Ainda na Universidade, implementou a criação do Centro de Extensão com o objetivo de criar elo entre a universidade e a comunidade através de cursos de extensão de curta duração em áreas diversas, bem como cursos de extensão na área de administração voltados para executivos. Os cursos foram bem aceitos e a expansão das atividades revelou a necessidade de mais autonomia e independência para o centro. Para atender a essa finalidade foi criada, em agosto de 1976, a Fundação Dom Cabral. Emerson de Almeida passou a ocupar o cargo de superintendente da nova instituição. No ano seguinte, deixou o Centro de Extensão e passou a ocupar a presidência da Fundação Dom Cabral, cargo que exerceu até 2012, quando se tornou Presidente da Diretoria Estatutária.

Durante os 36 anos em que foi presidente da Fundação Dom Cabral, Emerson coordenou vários projetos, dentre eles, o planejamento e a implantação, em 1980, do Centro de Estudos e de Desenvolvimento para a Exportação (CEDEX) e do Centro de Tecnologia Empresarial (CTE), em 1990. Coordenou ainda um programa de cooperação técnica internacional entre a Fundação Dom Cabral e o “Centre d’Enseignement Supérieur des Affaires” (CESA-França). Além disso, dirigiu as negociações para a implantação de alianças com escolas de negócios como o INSEAD (França), a Kellogg School of Management (EUA) e a University of British Columbia - UBC (Canadá), além de ter sido membro de conselhos de diversas escolas e instituições. Durante sua gestão, a FDC foi classificada como a 5ª melhor escola de gestão do mundo, segundo o ranking de educação executiva do Financial Times (2005). Liderou também a constituição de parcerias com empresas de médio e grande portes e incentivou o desenvolvimento de programas para a criação de negócios que associem resultados financeiros e amplitude social.

No campo social criou, em 2008, o Comitê de Sustentabilidade e Inclusão Social da FDC para promover sinergia e integrar as ações da instituição relacionadas à sustentabilidade. Além disso, incentivou a criação de programas sociais da FDC como o Dignidade, cujo objetivo era o desenvolvimento e a capacitação de empreendedores sociais. Em 2012, fundou o Instituto Cultural Inhoré no distrito do Capão Grosso, em Jaboticatubas/MG, que tinha por finalidade atuar na área da cultura como instrumento para a promoção da cidadania e do desenvolvimento humano, educacional e socioeconômico da população, visando reduzir as desigualdades. Ainda no campo social, em 2019, propôs a criação do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Social - FADS e idealizou a criação do FDC - Centro Social Cardeal Dom Serafim, inaugurado em outubro de 2020.

Emerson é autor do livro “Fundamentos da Empresa Relevante - Meu aprendizado na FDC”, publicado em 2006 pela Editora Campus e a edição revista e ampliada dessa obra publicada em 2011 com o nome: “Plantando Carvalhos – Fundamentos da Empresa Relevante”, publicado também em espanhol em 2013, com o título de Plantando Robles. Em 2016, publicou o livro “A sucessão como ela é: de sentimentos a jogos políticos nas organizações”, que trata a sucessão a partir dos aspectos subjetivos vivenciados pelos seus protagonistas e dos aspectos objetivos para as organizações.