Adilon Silverio Ferreira da Costa

  Eu trabalhava na Universidade Católica como encarregado de limpeza e passei a prestar serviço para o Centro de Extensão.  Quando a Fundação Dom Cabral foi criada o professor Emerson me chamou para trabalhar com ele, isso para mim foi um privilégio. O professor Emerson foi uma pessoa que me ajudou muito e a Fundação Dom Cabral me ensinou muita coisa. Eu não tive a oportunidade de estudar, mas com a convivência aqui na Fundação eu fui aprendendo um pouquinho com cada um. Eu chegava para trabalhar às 06:30  e saía às 22:00, quando não virava a noite.  Dei muito de mim para a Fundação e ela também me deu muita coisa, foi muito gratificante.  A Fundação para mim é tudo, aqui dentro eu tenho prestígio, todo mundo gosta de mim.  Eu não tenho parentes em Belo Horizonte e a amizade das pessoas aqui para mim é muito importante. A Fundação é uma verdadeira família.

No início trabalhavam cinco ou seis pessoas e a gente tinha medo de ficar no último andar. De repente a casa encheu e tivemos que alugar dois andares em prédios enfrente à Fundação. O professor Emerson sempre falava que iríamos fazer um campus e de repente o campus virou realidade. Nós também enfrentamos uma fase ruim em 1981 e quase fechamos as portas. O professor Emerson lutou muito e as coisas foram melhorando e a Fundação está aí hoje enorme, uma empresa para ninguém botar defeito.