Damião Coutinho Paes

Meu nome é Damião Coutinho Paes, sou psicólogo e administrador de empresas. Tenho 63 anos e estou ligado à Fundação Dom Cabral desde 1982. Iniciei as atividades na FDC em 1981 como professor convidado nos programas de desenvolvimento principalmente da Mannesmann e da Usiminas. Ministrava também aulas em alguns programas de especialização noturnos. Eu era executivo de empresas privadas no ramo de madeira e agronegócio e em 1982 me engajei na Fundação Dom Cabral em um projeto de desenvolvimento e capacitação de dirigentes universitários. Foi um programa realizado em conjunto com o CESA (Centre d'Enseignement Supérieur des Affaires), hoje HEC (Hautes Études Commerciales). Esse foi um projeto muito importante para a Fundação Dom Cabral, pois além da participação técnica nessa parceria com CESA, nos tornamos tutores de projetos desenvolvidos e aplicados em universidades. Este foi um convênio com o MEC onde foram reunidas a Universidade Federal de Uberlândia, a UnB e a particular de Uberaba, Uniube. Isso possibilitou a criação de um grupo multiplicador em outras universidades do Brasil. Este grupo era formado por sete professores, incluindo eu, que fez uma formação de 45 dias na França. Nesse período, concomitantemente, eu já participava como gerente e professor dos projetos da FDC, formalmente fui contratado pela Fundação Dom Cabral no início de 1983.

Ajudei a desenvolver muitos projetos, aprendi muito e criamos um modelo de intervenção em desenvolvimento de equipes, juntamente com professor Ari Xavier, que foi a pessoa que me trouxe para a Fundação Dom Cabral, pois éramos oriundos da Faculdade de Psicologia e já nos conhecíamos.

Em 1990, em comum acordo com a direção da FDC, fui fazer doutorado na França, no HEC. Fiquei lá um ano e dois meses e tive uma preparação mais aprofundada em questões ligadas à gestão empresarial.

Em 1997, o professor Emerson me convidou para dirigir o projeto do campus que tinha duas vertentes importantes: uma era a parte física e a outra que era a capacitação e desenvolvimento intelectual da Fundação Dom Cabral. Nesta segunda vertente o objetivo era desenvolver alguns núcleos e preparar professores para criarmos uma massa crítica de nível internacional capaz de acompanhar o crescimento previsto pela FDC para a América Latina, Europa, África e Ásia. O trabalho no projeto campus foi muito interessante, aprendi muito. Eu era o diretor de uma empresa específica para a construção do campus, criada para a gestão deste projeto chamado Centro Internacional de Gestão (CIG). Foi um verdadeiro sucesso, na primeira etapa em agosto de 2001, inauguramos o Centro Alfa com uma área construída de 8.400 m² e, posteriormente, houve uma expansão e foi inaugurado o CDCG, com uma área de 10.000 m². O conjunto desta obra custou cerca de 37 milhões de reais e 65% foi custeado através do apoio de empresas parceiras. O terreno foi cedido pela prefeitura de Nova Lima em comum acordo com os incorporadores do condomínio Alphaville. A construção deste campus promoveu a projeção da FDC, que, na primeira fase do campus, praticamente quintuplicou os seus relacionamentos comerciais de parceria. Em cinco anos a Fundação Dom Cabral aumentou em 100% a sua capacidade de entrega.

O período que eu trabalhei na FDC foi de enorme desenvolvimento pessoal, pois a instituição nos dá condições de crescer, aprender e aplicar. A Fundação Dom Cabral trabalha junto com as empresas e desta forma a gente aprende muito. Hoje eu não tenho mais uma atuação profissional na FDC, mas tenho um vínculo afetivo muito grande, guardo muitas lembranças e memórias de tudo que vivi, aprendi e contribui. Tenho muito a agradecer à FDC.

Atualmente trabalho como voluntário no terceiro setor, do qual à FDC faz parte, eu sou diretor da Federação das Fundações de Minas Gerais, sou diretor do Hospital da Baleia, que é uma fundação criada para o benefício de pessoas carentes e participo ainda de outras instituições empresariais. Na FDC tenho ainda uma assessoria e sempre que há uma necessidade estou à disposição.